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  • Homenagem a Volney Silveira de Ávila: uma vida dedicada à ovinocultura serrana

    Homenagem a Volney Silveira de Ávila: uma vida dedicada à ovinocultura serrana

    FOTO Paulo Chagas Divulgação SerraSCNotícias

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    Na noite da quinta-feira (9 de outubro), o Núcleo Serrano de Criadores de Ovinos de Lages (NUCROS) prestou uma emocionante homenagem ao pesquisador Volney Silveira de Ávila, reconhecendo suas décadas de contribuição à ovinocultura da Serra Catarinense.
    O ato aconteceu durante a Expolages 2025, no Pavilhão Luiz Renato Ramos, e reuniu produtores, técnicos e amigos do agronegócio regional.

    história de Volney Silveira de Ávila representa o espírito pioneiro da pesquisa agropecuária catarinense

    Um legado de conhecimento e dedicação

    Natural de Jaguarão (RS), Volney Silveira de Ávila construiu sua trajetória em Lages, tornando-se um dos principais nomes da ovinocultura catarinense.
    Durante mais de 30 anos de atuação na Epagri – Estação Experimental de Lages (1980–2014), foi responsável por orientar e impulsionar os núcleos de criadores, com foco em melhoramento genético, manejo e sanidade dos rebanhos.

    “Esta homenagem foi motivo de muita honra. Depois de quase 40 anos trabalhando pela ovinocultura serrana, fico muito orgulhoso. É gratificante ver o quanto a atividade cresceu”, destacou Volney, emocionado.

    O pesquisador foi uma das vozes técnicas mais respeitadas do setor, tendo atuado diretamente com produtores rurais para elevar o padrão da produção ovina e estimular a profissionalização do segmento.

    Reconhecimento merecido

    A homenagem concedida pelo NUCROS simboliza o reconhecimento coletivo dos criadores da Serra Catarinense a um profissional que transformou conhecimento científico em resultados práticos.

    “Volney foi muito além do laboratório. Ele esteve no campo, lado a lado com os produtores, ajudando a construir a base técnica da ovinocultura que temos hoje”, destacou um dos dirigentes do Núcleo Serrano.

    Durante a cerimônia, o pesquisador foi aplaudido de pé, em um gesto que sintetiza o respeito e a gratidão da comunidade rural lageana.

    Um exemplo para as novas gerações

    A história de Volney Silveira de Ávila representa o espírito pioneiro da pesquisa agropecuária catarinense, marcada pela integração entre ciência, campo e tradição.
    O pesquisador ajudou a consolidar a Epagri como referência em sanidade e produtividade ovina, contribuindo diretamente para o desenvolvimento da cadeia da carne e da lã na região.

    Seu trabalho segue inspirando novas gerações de técnicos e criadores que mantêm viva a vocação pecuária da Serra Catarinense.

  • Expolages 2025 registra pista limpa e movimenta R$ 2,6 milhões em negócios

    Expolages 2025 registra pista limpa e movimenta R$ 2,6 milhões em negócios

    FOTO Paulo Chagas Divulgação SerraSCNotícias

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    A Feira da Novilha da Expolages 2025 confirmou neste fim de semana a força da pecuária regional e o investimento crescente em genética de qualidade. No sábado (11), todos os 444 animais apresentados foram vendidos, garantindo pista limpa e movimentando R$ 1.881.690 — média de R$ 13,25 por quilo.
    Com as vendas de reprodutores, o total comercializado durante o evento já se aproxima de R$ 2,65 milhões.

    Feira da Novilha da Expolages 2025 tem pista limpa
    FOTO Fom Conradi Divulgação SerraSCNotícias

    Mercado aquecido e genética valorizada

    Os animais foram distribuídos em 58 lotes e atraíram compradores de várias regiões de Santa Catarina.
    A avaliação técnica, os preços competitivos e a agilidade nas negociações refletiram o bom momento da pecuária de corte e o avanço da seleção genética no Estado.

    “Esse resultado reforça o excelente trabalho realizado no campo pelos criadores. O investimento em genética e manejo se traduz quando as vendas fluem com rapidez e valorizam o produtor”, destacou Márcio Pamplona, presidente da Associação e Sindicato Rural de Lages.

    Pamplona ressaltou que o cenário confirma a maturidade do mercado pecuário, que alia tradição, técnica e visão de longo prazo.

    Tendências do setor

    Durante as negociações, compradores mostraram interesse em animais com avaliação genética superior e lotes padronizados em peso e manejo, fatores cada vez mais decisivos nas transações.
    Técnicos e leiloeiros destacaram o perfil qualificado do público, atento tanto ao retorno de curto prazo quanto ao potencial reprodutivo dos exemplares.

    A Expolages segue se consolidando como termômetro do agronegócio serrano, influenciando o mercado regional e reforçando Lages como polo da pecuária catarinense.

    Leilões de reprodutores abrem os negócios da feira

    leilões de reprodutores abriram a programação comercial da Expolages 2025
    FOTO Fom Conradi Divulgação SerraSCNotícias

    Os leilões de reprodutores abriram a programação comercial da Expolages 2025 no Pavilhão de Remates José Arruda Ramos, movimentando criadores, compradores e técnicos do setor.

    • Quarta-feira (8) – Julgamento das raças Hereford e Braford. No primeiro remate, 28 animais foram ofertados, com média de R$ 19,97/kg para machos.

    • Quinta-feira (9) – Julgamentos e leilões das raças Angus, Brangus e Ultrablack, com médias de R$ 19,36/kg (machos) e R$ 24,64/kg (novilhas).

    • Sexta-feira (10) – Leilão da raça Charolês, com 26 animais negociados. Médias de R$ 21,52/kg (machos) e R$ 32,97/kg (fêmeas).

    O volume total dos negócios nos três dias chegou a R$ 764,9 mil, desempenho considerado positivo pelos organizadores, apesar da coincidência de datas com a Efapi, em Chapecó.

    “Mesmo com eventos simultâneos, os resultados comprovam a força da Expolages no mercado de genética bovina”, avaliam os organizadores.

    Raça Crioula Lageana mantém tradição e identidade na feira

    um dos destaques da Expolages 2025 é a presença da raça crioula lageana
    FOTO Paulo Chagas Divulgação SerraSCNotícias

    Um dos destaques da Expolages 2025 é a presença da raça crioula lageana, símbolo da pecuária serrana e patrimônio genético da região.
    Os exemplares estão expostos no Pavilhão Ulisses Branco de Andrade, atraindo a atenção de técnicos e visitantes.

    O criador e médico veterinário Edison Martins, referência na preservação da raça, reforça que o trabalho de seleção e conservação genética é essencial para garantir o futuro da espécie.

    “A raça crioula lageana representa resistência, rusticidade e identidade da pecuária dos Campos de Cima da Serra. Mantê-la viva é preservar parte da nossa história rural”, ressalta Martins.

    Originária dos rebanhos trazidos pelos colonizadores ibéricos há mais de quatro séculos, a raça é uma das mais antigas do Brasil e segue se expandindo para estados como Rio Grande do Sul, Paraná e Minas Gerais.

    Próximos eventos

    A programação da Expolages 2025 segue movimentada.
    Na segunda-feira (13), a partir das 19h, ocorre a Feira de Gado Geral, na Pista de Remates José Arruda Ramos, encerrando oficialmente a edição deste ano.

    “Com resultados expressivos e uma agenda diversificada, a Expolages reafirma seu papel como vitrine técnica e comercial do agronegócio regional”, comemora Márcio Pamplona.

  • Pecuaristas e cooperativistas se reúnem em Lages para valorizar criação de boi a pasto na Serra Catarinense

    Pecuaristas e cooperativistas se reúnem em Lages para valorizar criação de boi a pasto na Serra Catarinense

    FOTOS Paulo Chagas Divulgação SerraSCNotícias

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    Pecuaristas, cooperativas e representantes de instituições ligadas ao agronegócio participaram, na manhã desta quinta-feira (9), de uma reunião na sede do Sindicato Rural de Lages para discutir estratégias de valorização da carne produzida a pasto na Serra Catarinense.

    O encontro, motivado por demanda dos produtores locais, teve como foco o desenvolvimento de uma Indicação Geográfica (IG) ou a criação de um selo coletivo de qualidade, com o objetivo de fortalecer a marca regional e ampliar o reconhecimento da carne serrana no mercado estadual e nacional.

    Produtores da Serra Catarinense querem levar a carne a pasto a outro nível!

    Carne serrana pode ganhar selo de origem e qualidade

    De acordo com o assessor de gabinete da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, e especialista em Indicação Geográfica, Paulo Roberto Arruda, a iniciativa conta com o apoio do Governo do Estado e do Sebrae/SC, que já atuam em projetos voltados à qualidade alimentar e ao marketing de produtos regionais.

    Durante a reunião, foram apresentadas experiências de sucesso em Santa Catarina com produtos de origem reconhecida, como o Queijo Serrano, a Maçã Fuji de São Joaquim, o Mel de Melato da Bracatinga e os Vinhos de Altitude.

    “O foco é trabalhar o diferencial da carne originária do campo nativo da Serra Catarinense, com parcerias que estabeleçam um caminho conjunto para o futuro da carne serrana”, destacou Paulo Arruda.

    Produção sustentável e valorização das raças locais

    O encontro também contou com a presença de cooperativas e associações de produtores que trabalham com carnes provenientes de pastagens naturais e raças autóctones, como o crioulo lageano, além de raças britânicas europeias.

    Estudos anteriores, conduzidos pelo Sebrae em parceria com empresas do setor, já haviam apontado alto potencial de mercado para a carne serrana. Agora, o desafio é transformar esse potencial em projetos concretos de certificação e valorização comercial.

    Segundo Altenir Agostini, representante do Sebrae/SC, a valorização dos produtos regionais é uma estratégia essencial para o desenvolvimento econômico da Serra.

    “Queremos ampliar nossa atuação para o gado a pasto, envolvendo produtores, técnicos e parceiros no processo de reconhecimento e divulgação da carne serrana”, explicou Agostini.

    União para fortalecer a cadeia produtiva

    O presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona, ressaltou que este é o primeiro passo de uma construção coletiva em prol da carne produzida na região.

    “Nosso objetivo é fortalecer a cadeia produtiva e levar o nome da carne serrana além das fronteiras da Serra Catarinense, mostrando sua qualidade e origem sustentável”, afirmou Pamplona.

    A próxima etapa será a realização de um diagnóstico técnico aprofundado, com participação da EPAGRI, CIDASC, universidades e Secretaria da Agricultura, para subsidiar o futuro pedido de Indicação Geográfica e a criação de um selo de procedência e qualidade.