Categoria: Economia e Turismo

  • Cooperativa Cooperserra transforma resíduos de maçã em novos produtos com apoio do Estado

    Cooperativa Cooperserra transforma resíduos de maçã em novos produtos com apoio do Estado

    FOTOS Will Nieckarz/ Sape Divulgação SerraSCNotícias

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    O que antes era descartado como resíduo da produção de sucos agora se transforma em farinha e farelo de maçã, agregando valor e sustentabilidade à cadeia produtiva. A inovação é resultado de um projeto da Cooperativa Cooperserra, de São Joaquim, que implantou uma moderna unidade de processamento com apoio do Programa Financia Agro SC – Arranjos Produtivos Locais (APL), da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape).

    A iniciativa foi viabilizada por meio de financiamento de R$ 1 milhão do Fundo Estadual de Desenvolvimento Rural (FDR). O projeto foi elaborado em parceria com a Epagri e aprovado pelo Conselho de Desenvolvimento Rural (Cederural).

    A nova unidade de processamento, em funcionamento há três meses, já produz maçã desidratada crocante, além da farinha e do farelo. Segundo o secretário de Estado da Agricultura e Pecuária, Carlos Chiodini, o projeto é um exemplo de política pública eficaz:

    “Quando conseguimos transformar o que antes era descartado em novos produtos, estamos criando oportunidades reais de crescimento para os agricultores familiares. Esse projeto mostra como a inovação e o apoio do Estado podem gerar renda e sustentabilidade”, destacou Chiodini.

    Cooperativa Cooperserra transforma resíduos de maçã em novos produtos

    Parceria entre pesquisa e agricultura familiar

    O projeto foi desenvolvido com acompanhamento técnico da Epagri, que identificou a oportunidade de ampliar a linha de produtos a partir do bagaço da maçã — subproduto abundante da produção de sucos.

    De acordo com Marlon Couto, gerente regional da Epagri em São Joaquim, o trabalho conjunto entre pesquisa, extensão e agroindústria foi decisivo:

    “Em apenas 12 meses, confirmamos retorno econômico e mostramos como a parceria entre pesquisa e agricultura familiar gera inovação e sustentabilidade. A Cooperserra soube enxergar valor no que antes era resíduo”, explica.

    Fundada em 1977, a Cooperserra reúne 115 associados, sendo 66% agricultores familiares. Para o presidente da cooperativa, Mariozan Correa, a diversificação é um marco na história da entidade.

    “Nós tínhamos a matéria-prima e agora estamos aproveitando tudo com valor agregado, produzindo farinha e chips de maçã. Para a agricultura familiar, isso é um grande diferencial”, celebra Correa.

    Apoio do Financia Agro SC – APL

    O Programa Financia Agro SC – Projeto Arranjos Produtivos Locais (APL) incentiva investimentos coletivos realizados por cooperativas e associações rurais, fortalecendo cadeias produtivas e promovendo geração de renda e competitividade regional.

    Os financiamentos podem ser solicitados por grupos com mínimo de 10 famílias participantes, organizados em cooperativas ou associações. O crédito é sem juros, com prazo de até cinco anos para pagamento e limite de R$ 500 mil por projeto, podendo chegar a R$ 1 milhão por Unidade de Gestão Técnica da Epagri (UGT).

    O programa tem sido essencial para modernizar agroindústrias, estimular a sustentabilidade e ampliar mercados para pequenos produtores em todas as regiões de Santa Catarina.

    Sustentabilidade e desenvolvimento regional

    Com a nova unidade, a Cooperserra não apenas evita o descarte de resíduos, mas também cria novas oportunidades de renda e fortalece o setor agroindustrial da Serra Catarinense.

    A experiência da cooperativa demonstra como iniciativas sustentáveis aliadas ao crédito orientado e à assistência técnica qualificada podem transformar o campo e gerar impactos positivos para toda a comunidade rural.

  • Lages busca em Porto Alegre caminhos para inovar e crescer no setor de tecnologia

    Lages busca em Porto Alegre caminhos para inovar e crescer no setor de tecnologia

    FOTOS Divulgação SerraSCNotícias

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    O município de Lages está determinado a fortalecer seu ecossistema de inovação e ampliar a presença no cenário tecnológico catarinense. Com esse objetivo, o secretário de Indústria, Comércio e Inovação, Joel Melo Júnior, esteve em Porto Alegre (RS) para conhecer experiências e modelos de gestão que têm impulsionado a capital gaúcha como referência nacional em inovação.

    A visita fez parte de uma agenda organizada pelo Ecossistema Local de Inovação (ELI), iniciativa do Sebrae voltada a mapear e fortalecer ambientes inovadores em diferentes cidades brasileiras.

    Segundo Joel, a viagem buscou aprender com experiências consolidadas e adaptar práticas bem-sucedidas à realidade lageana. “Nosso objetivo foi entender os avanços de Porto Alegre nesse setor e identificar ações que possam ser aplicadas junto ao Orion Parque Tecnológico, fortalecendo ainda mais o papel de Lages no cenário catarinense”, explicou.

    Diálogo entre cidades e novos aprendizados

    Orion Parque como protagonista

    Durante a visita, o secretário reuniu-se com Luiz Carlos Pinto, secretário de Inovação de Porto Alegre e um dos idealizadores do Pacto Alegre — movimento que integra governo, universidades e empresas para criar soluções conjuntas e acelerar o desenvolvimento da cidade.

    A agenda incluiu também participação na Semana Caldeira, evento realizado no hub Instituto Caldeira, um dos maiores ambientes de inovação do país. O espaço reúne startups, investidores, empresas e pesquisadores, em um modelo semelhante ao Orion Parque, mas em escala mais ampla e com forte presença do setor privado.

    “Foi uma oportunidade de ver como a colaboração pode gerar resultados concretos e como o setor empresarial participa ativamente do desenvolvimento local”, afirmou o secretário.

    Engajamento público e privado como diferencial

    Joel destacou que o maior aprendizado foi observar o engajamento conjunto entre poder público e iniciativa privada. Em Porto Alegre, grandes empresas não apenas participam da governança, mas também investem financeiramente em projetos de inovação.

    “Esse modelo criou um ambiente sólido, que permitiu à cidade reter talentos e atrair novos negócios”, ressaltou. Segundo ele, o exemplo mostra que o sucesso da inovação depende de continuidade das políticas públicas e planejamento de longo prazo.

    Inspiração para o futuro de Lages

    Orion Parque como protagonista

    A experiência em Porto Alegre reforçou a importância de Lages estar integrada às redes de cidades inovadoras, ao lado de polos como Florianópolis e Joinville.

    “Queremos que Lages seja protagonista nesse processo, aproveitando o potencial que já temos com o Orion Parque, pioneiro em Santa Catarina”, destacou Joel. O Orion será o principal articulador local para atrair empresas de base tecnológica e incubar startups, com apoio da Secretaria de Indústria, Comércio e Inovação.

    Benefícios e oportunidades para a Serra Catarinense

    Além do foco em inovação, a secretaria já atua de forma regionalizada com o Banco do Emprego, Balcão Cidadão e a Sala do Empreendedor, que atendem inclusive municípios vizinhos. A meta é ampliar essa estrutura também para o setor tecnológico.

    Lages conta ainda com terrenos disponíveis para empresas de base tecnológica, benefícios fiscais no ISS e o suporte da infraestrutura do Orion Parque Tecnológico.

    “Queremos mostrar que nossa cidade tem condições de competir com grandes polos e atrair investimentos que impulsionem o desenvolvimento da Serra Catarinense”, avalia o secretário.

  • Turismo em Santa Catarina cresce em lazer, mas tem menos viagens em 2024

    Turismo em Santa Catarina cresce em lazer, mas tem menos viagens em 2024

    FOTOS e ARTE SerraSCNotícias

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    Santa Catarina registrou uma leve retração nas viagens realizadas em 2024, mas manteve o lazer como principal motivação dos deslocamentos. Segundo dados da PNAD Contínua – Turismo 2024, divulgados pelo IBGE, o estado contabilizou 662 mil viagens, uma queda de 8,8% em relação a 2023. Ainda assim, o volume supera o período pré-pandemia (2019), quando foram registradas 641 mil viagens.

    Turismo em Santa Catarina 2024

    Viagens de lazer predominam e aumentam participação

    As viagens pessoais representaram 86,4% do total, enquanto as profissionais responderam por 13,6%. Entre os deslocamentos pessoais, o lazer foi o principal motivo (46,2%), seguido de visita a familiares e amigos (34%) e tratamento de saúde (13,6%).
    O levantamento mostra que as viagens de lazer cresceram em participação, embora o número total tenha caído. Santa Catarina tem o quarto maior percentual de viagens de lazer do país.

    Turismo em Santa Catarina 2024

    Sol, praia e gastronomia lideram preferências

    Na Região Sul, o sol e praia seguem como o tipo de lazer mais procurado, representando 48,5% das viagens — o maior índice entre as regiões brasileiras. Em seguida vêm cultura e gastronomia (25,9%), segmento que quase dobrou desde 2020, e ecoturismo e aventura (16,9%).

    Avião ganha espaço, mas carro ainda é o principal meio de transporte

    O carro particular segue como o principal meio de transporte dos catarinenses, utilizado em 63,1% das viagens, embora tenha recuado 1,8 ponto percentual frente a 2023.
    As viagens de avião (14,6%) atingiram o maior índice desde 2020, e as de ônibus de linha (7,2%) também cresceram. O uso de motocicleta teve o maior recuo, com apenas 0,9% das viagens.

    Casa de amigos e familiares segue como principal hospedagemTurismo em Santa Catarina 2024

    Entre os locais de estadia, 42% dos viajantes ficaram na casa de amigos ou parentes, padrão que se mantém há anos. Já o aluguel por temporada ou AirBnB foi o único tipo de hospedagem que cresceu, passando de 4,2% para 4,9% das viagens.

    Gasto médio por viagem sobe e chega a R$ 1.754

    O gasto médio por viagem com origem em Santa Catarina foi de R$ 1.754, alta de 4,7% frente a 2023, embora ainda abaixo da média nacional (R$ 1.843).
    Nas viagens em que Santa Catarina foi o destino, o gasto médio chegou a R$ 2.556, o quarto maior do país, atrás apenas de Alagoas, Ceará e Bahia.
    O gasto diário médio por pessoa foi de R$ 323, também o mais alto da série histórica catarinense.

    Santa Catarina entre os principais destinos turísticos do BrasilTurismo em Santa Catarina 2024

    O estado foi o destino de 5,2% das viagens nacionais, recuperando participação após leve queda em 2023. Foram mais de 1 milhão de viagens de brasileiros com destino a Santa Catarina, o sétimo maior percentual entre as unidades da federação.

    Falta de dinheiro ainda é o principal motivo para não viajar

    Entre os 2,5 milhões de domicílios onde nenhum morador viajou, o principal motivo foi falta de dinheiro (29,3%), seguido por falta de tempo (23,1%) e falta de necessidade (20,8%). Mesmo assim, Santa Catarina tem o menor índice do país de famílias que deixaram de viajar por motivos financeiros.

  • Polícia Militar conclui Operação Estação Inverno com 159 prisões e 160 kg de drogas apreendidos

    Polícia Militar conclui Operação Estação Inverno com 159 prisões e 160 kg de drogas apreendidos

    FOTOS PMSC Divulgação SerraSCNotícias

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    A Polícia Militar de Santa Catarina (PMSC) encerrou oficialmente, no dia 22 de agosto, a Operação Estação Inverno 2025, ação integrada das forças de segurança estaduais voltada a reforçar o policiamento durante o período de maior movimento turístico e baixas temperaturas.

    Realizada entre 6 de junho e 22 de agosto, a operação abrangeu 13 cidades catarinenses, especialmente na Serra e regiões de clima frio, que recebem grande fluxo de visitantes durante a temporada.

    Ação ampliou a sensação de segurança em áreas turísticas

    A presença ostensiva dos policiais militares em pontos estratégicos e o reforço do efetivo local contribuíram para aumentar a sensação de segurança entre moradores e turistas.

    Foram realizadas abordagens preventivas, patrulhamentos itinerantes, operações de trânsito e policiamento fixo em locais de maior circulação. Viaturas e equipes táticas atuaram em parceria com outras forças estaduais, garantindo uma cobertura ampla e integrada.

    Resultados expressivos no combate ao crime

    Operação Estação Inverno Polícia Militar de Santa Catarina

    Durante o período da operação, a PMSC contabilizou resultados significativos:

    • 159 pessoas presas;

    • 160 quilos de maconha apreendidos;

    • 5 armas de fogo retiradas de circulação;

    • 9 veículos furtados ou roubados recuperados;

    • 35 mandados de prisão cumpridos.

    Os números refletem o impacto direto da atuação preventiva e do monitoramento intensivo nas principais rotas e municípios turísticos da Serra Catarinense.

    Foco na prevenção e na proximidade com a comunidade

    Operação Estação Inverno Polícia Militar de Santa Catarina

    O comandante-geral da PMSC, coronel Emerson Fernandes, destacou o sucesso da operação e a importância da presença constante da polícia junto à população.

    “Durante toda a Operação Estação Inverno, nosso objetivo foi assegurar que moradores, visitantes e turistas pudessem aproveitar as belezas naturais de Santa Catarina com tranquilidade. O empenho do nosso efetivo e o planejamento estratégico resultaram em quedas expressivas nos índices de criminalidade, mantendo Santa Catarina como o estado mais seguro do Brasil”, afirmou.

    A PMSC reforça que o modelo de atuação empregado na operação será mantido e adaptado em futuras ações sazonais, especialmente nas épocas de alta temporada turística.

  • Santa Catarina deve colher 615 mil toneladas de maçã na safra 2025/26, aponta Epagri/Cepa

    Santa Catarina deve colher 615 mil toneladas de maçã na safra 2025/26, aponta Epagri/Cepa

    FOTO: Aires Mariga/Epagri Divulgação SerraSCNotícias

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    São Joaquim, SC – A produção de maçãs em Santa Catarina deverá atingir 615 mil toneladas na safra 2025/26, segundo as primeiras estimativas divulgadas nesta segunda-feira (29) pelo Centro de Socioeconomia e Planejamento Agrícola da Epagri (Epagri/Cepa). O número representa crescimento de 28% em relação ao ciclo anterior, impulsionado por uma alta de 28,4% na produtividade média, que deve chegar a 35,7 mil quilos por hectare, mesmo com redução de 0,3% na área cultivada.

    A variedade Fuji lidera o cultivo no estado, ocupando 53,8% da área plantada e 51,2% da produção prevista. Logo atrás vem a Gala, com 44,3% da área e 47,2% da colheita. As maçãs precoces respondem por apenas 1,9% da área e 1,6% da produção.

    A região dos Campos de Lages se mantém como o principal polo produtor, concentrando 83,1% da produção estadual, seguida de Joaçaba (11,2%) e Curitibanos (5,6%). Com o bom desempenho esperado, o setor prevê melhor rentabilidade e preços mais competitivos no mercado interno.

    Outras culturas também apresentam bom desempenho, mas exigem cautela

    As estimativas da Epagri/Cepa incluem ainda projeções para arroz, soja, milho, feijão, banana e tabaco. A tendência é de aumento na produtividade média em diversas culturas, embora os analistas alertem para uma possível queda nos preços, especialmente dos grãos.

    “O aumento da oferta interna na safra anterior pressiona os preços e exige atenção dos produtores. É o momento de rever estratégias e ajustar áreas de plantio para equilibrar custos e retornos”, explica Glaucia Padrão, analista de Socioeconomia e Desenvolvimento Rural da Epagri/Cepa.

    Milho volta a crescer após anos de retração

    Após sucessivos ciclos de queda, a safra 2025/26 de milho grão deve apresentar alta de 0,83% na área cultivada, com produtividade média estimada em 8.735 kg/ha — uma das melhores marcas da série histórica. A produção deve alcançar 2,25 milhões de toneladas.

    O mercado doméstico segue com preços estáveis e leve tendência de alta, sustentado pela demanda de rações e etanol. Em Santa Catarina, 34% da área prevista já foi semeada, beneficiada pelas chuvas regulares.

    Silagem e feijão: expansão e ajuste de áreas

    O milho para silagem também deve crescer 1,03% em área, embora o avanço tenha sido lento devido às temperaturas baixas de agosto.

    No caso do feijão, há redução de 5,67% na área plantada, mas a produção deve aumentar 5,36%, atingindo 67,3 mil toneladas, graças à maior produtividade média. O cultivo perde espaço para soja e milho na primeira janela de plantio, mas se mantém relevante.

    Banana e tabaco em alta; arroz e soja recuam

    A produção de bananas deve somar 770 mil toneladas, alta de 0,3% sobre o ciclo anterior. A banana-caturra continua dominante, representando 82,4% da produção. O Norte e o Vale do Itajaí concentram 84,7% da produção estadual, enquanto o Sul responde por 15,3%.

    O tabaco, por sua vez, vive uma retomada: a área cultivada deve crescer 3,94%, chegando a 97.126 hectares, com produção estimada em 233.782 toneladas, alta de 3,49%. Regiões como Criciúma, Araranguá e Tubarão registram forte expansão — acima de 20% — impulsionadas pela boa rentabilidade.

    Já o arroz deve recuar após o recorde de 2024/25, com redução de 1,29% na área plantada e queda de 4,91% na produtividade, somando 1,22 milhão de toneladas.
    A soja também deve encolher 1,75% em área, movimento associado à queda dos preços e à migração de áreas para milho e tabaco.

    Panorama agrícola orienta o planejamento da nova safra

    As projeções da Epagri/Cepa são resultado de um levantamento detalhado com extensionistas, cooperativas, prefeituras e sindicatos rurais. Os dados passam por análises estatísticas e reuniões técnicas, garantindo estimativas consistentes para área, produção e produtividade em todas as regiões do estado.

    “Essas informações orientam o planejamento e as decisões de plantio, permitindo que o produtor catarinense atue com mais segurança e eficiência”, reforça Glaucia Padrão.

    O relatório completo da safra de verão 2025/26 pode ser conferido no portal da Epagri/Cepa, com gráficos, dados regionais e análises de mercado.

  • Serra Catarinense bate recorde histórico no turismo de inverno em 2025

    Serra Catarinense bate recorde histórico no turismo de inverno em 2025

    FOTO: Jonatã Rocha / SECOM Divulgação, SerraSCNotícias

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    O turismo de inverno em Santa Catarina alcançou um marco inédito em 2025. Pesquisa da Fecomércio-SC apontou que a Serra catarinense registrou o maior gasto médio por grupo de visitantes da história, saltando de R$ 2.824 para R$ 3.550. O valor é o mais alto desde o início da série histórica, em 2017.

    Estação Inverno fortalece a Serra

    O resultado reflete o potencial da região durante os meses frios e também o impacto das políticas públicas voltadas ao setor. Desde 2023, o Governo de Santa Catarina reconhece o inverno como estação turística oficial, com o programa Estação Inverno.

    A iniciativa inclui campanhas de divulgação, criação de marca promocional, integração de secretarias e reforço na segurança pública. Segundo a secretária de Turismo, Catiane Seif, os resultados comprovam a efetividade da estratégia:

    “Transformamos o frio em um produto turístico estratégico, reduzindo a sazonalidade e valorizando a Serra para além da alta temporada”, afirmou.

    Impactos econômicos diretos

    Em 2025, os visitantes destinaram 36% dos gastos à alimentação, 24% à hospedagem, 15% ao comércio, 13% ao lazer e 12% ao transporte. O ticket médio por estabelecimento chegou a R$ 354, crescimento de 25% em relação a 2024.

    Esse movimento fortalece pequenos negócios, atrai investimentos e gera mais empregos. Além do impacto econômico, o turismo de inverno valoriza a cultura, a gastronomia e o enoturismo da Serra Catarinense.

    Destinos mais procurados

    Urubici liderou as escolhas de hospedagem com 53,6% da preferência, seguido por São Joaquim (17,6%) e Lages (17,6%). Entre os atrativos mais visitados estão:

    • Morro da Igreja (8,3%)

    • Serra do Corvo Branco (7,2%)

    • Serra do Rio do Rastro (6,6%)

    O enoturismo também se destacou: 11,9% dos visitantes consideraram vinícolas e vinhedos parte essencial da experiência.

    Serra Catarinense no calendário nacional

    O perfil dos turistas de inverno na Serra difere do público do litoral. Em 2025, houve aumento no fluxo de visitantes de outros estados, que passaram de 37% para 39,4%, principalmente de São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

    A Serra consolida-se como referência nacional em experiências de frio, paisagens naturais e vinhos de altitude, fortalecendo sua posição no calendário turístico do Brasil.

  • Expolages 2025 começa a ganhar forma em Lages

    Expolages 2025 começa a ganhar forma em Lages

    FOTOS ExpoLages Divulgação SerraSCNotícias

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    A Expolages 2025 já movimenta o Parque de Exposições Conta Dinheiro, em Lages, com a montagem da estrutura externa e interna. A GTS do Brasil, tradicional parceira da feira, foi a primeira empresa a instalar seus equipamentos no local. Também estão em construção a arena para julgamentos de animais e as pirâmides destinadas a empresas de diversos segmentos.

    Estrutura em ritmo acelerado

    Expolages 2025 começa a ganhar forma em Lages

    Segundo a organização, os trabalhos devem se intensificar ao longo da semana com a instalação dos demais estandes nos pavilhões Afonso Ribeiro e Tito Bianchini. A grande novidade desta edição é a criação de uma pista de test drive, que permitirá ao público acompanhar a demonstração de veículos disponíveis para venda.

    De acordo com o presidente da Associação e Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona, o recebimento dos animais para leilões e exposição começa na segunda-feira (6). A abertura oficial está marcada para quarta-feira, 8 de outubro, às 17h, com programação até o dia 13. A feira se consolida como uma das maiores vitrines do agronegócio no Sul do país.

    Julgamentos e leilões de animais

    Expolages 2025 começa a ganhar forma em Lages

    Na quarta-feira (7), iniciam os julgamentos das raças Hereford e Braford. À noite, no Pavilhão José Arruda Ramos, estes mesmos animais participam do primeiro leilão, conduzido pela Camargo Agronegócios.

    Na quinta-feira (9), será a vez das raças Angus, Brangus e Ultrablack, também em leilão noturno. A programação segue na sexta-feira (10) com a raça Charolesa.

    O sábado (11) promete intensa movimentação com a venda de cerca de 550 novilhas a partir das 14h. À noite, haverá o leilão de cavalos da raça Quarto de Milha às 19h, seguido pelos Crioulos às 21h.

    Programação final e encerramento

    No domingo (12), o leiloeiro Delamar Macedo comandará o desfile e a comercialização de animais multiraças e da raça Devon, a partir das 14h. O encerramento ocorre na segunda-feira (13), com a tradicional Feira de Gado Geral, quando cerca de 400 cabeças estarão disponíveis para negociação.

    Com essa programação, a Expolages 2025 reforça seu papel como ponto de encontro estratégico para criadores, investidores e empresas ligadas ao setor agropecuário.

  • Turismo na Serra Catarinense bate recorde e gasto médio cresce 26% em 2025

    Turismo na Serra Catarinense bate recorde e gasto médio cresce 26% em 2025

    IMAGEM: PSJ Divulgação, SerraSCNotícias 

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    Uma pesquisa divulgada pela Fecomércio SC revelou um avanço histórico no turismo da Serra Catarinense. O gasto médio por grupo de visitantes cresceu 26% na temporada de inverno de 2025, alcançando R$ 3.550 — o maior valor desde o início da série histórica, em 2017.

    Crescimento constante do setor

    O presidente da Fecomércio SC, Hélio Dagnoni, destacou que este é o segundo ano seguido com alta acima de 25%. Em 2024, o crescimento havia sido de 27%.
    Em 2025, os principais destinos de gastos foram:

    • Alimentação: 36%

    • Hospedagem: 24%

    • Comércio local: 15%

    • Lazer: 13%

    • Transporte: 12%

    “Esses dados demonstram que o turismo em Santa Catarina deixou de ser algo sazonal. Hoje temos visitantes o ano inteiro, fruto da profissionalização dos nossos destinos e da ampliação da infraestrutura”, afirmou Dagnoni.

    Perfil do turista

    A pesquisa mostra que 99,8% dos visitantes de inverno na Serra são brasileiros. Entre eles, 60,4% vêm de Santa Catarina, principalmente da Grande Florianópolis e do Vale do Itajaí. Já os turistas de outros estados cresceram para 39,4%, com destaque para São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul.

    Outros destaques do levantamento:

    • 86,1% chegam de carro próprio.

    • Apenas 7,2% viajam de avião, mas com gasto médio 78% maior (R$ 5.995).

    • Idade média: 45 anos.

    • Visitantes acima de 60 anos dobraram, chegando a 14,1%.

    Quanto à renda, 24% declararam ganhar entre 5 e 8 salários mínimos, seguidos por 21% entre 2 e 5 salários mínimos. Houve aumento expressivo no público com rendimento acima de 15 salários mínimos, quase 50% superior à média histórica.

    Destinos e atrações

    Entre os municípios mais visitados estão:

    • Urubici (53,6%)

    • São Joaquim (17,6%)

    • Lages (17,6%)

    As principais atrações citadas foram o Morro da Igreja (8,3%), a Serra do Corvo Branco (7,2%) e a Serra do Rio do Rastro (6,6%).

    O destaque, no entanto, foi o fortalecimento do enoturismo, apontado por 11,9% dos entrevistados como experiência obrigatória. Vinícolas e vinhedos vêm ganhando protagonismo, consolidando São Joaquim como capital do vinho de altitude em Santa Catarina.

    O prefeito de São Joaquim, José Teodoro de Sena Amaral (Dorinho), ressaltou:

    “Investir em infraestrutura, apoiar nossas vinícolas e divulgar o município tem sido fundamental. Esse esforço é de toda a comunidade, das cooperativas, da iniciativa privada e da imprensa que leva o nome de São Joaquim para o Brasil. É assim que fortalecemos a economia, geramos empregos e garantimos oportunidades para a população.”

    Impactos econômicos

    A pesquisa também ouviu empresários. Cerca de 15% das empresas contrataram funcionários extras no inverno, com média de 1,9 por estabelecimento — superior aos 12% de 2024.

    Outro indicador positivo foi o ticket médio por estabelecimento, que chegou a R$ 354, crescimento de 25% em relação ao ano anterior.

    Um futuro promissor

    Realizada em julho e agosto em 10 municípios serranos, a pesquisa entrevistou 404 visitantes e 363 empresários. Os resultados confirmam que a Serra Catarinense se consolida como destino turístico para todas as estações, não apenas no inverno.

    Com aumento de gastos, maior fluxo de turistas e a força do enoturismo, a região reforça seu papel como um dos polos mais promissores do Brasil em turismo de natureza, aventura, gastronomia e vinhos finos.

  • Fórum Estadual de Governanças fortalece turismo em Santa Catarina

    Fórum Estadual de Governanças fortalece turismo em Santa Catarina

    FOTO Paulo Chagas Divulgação SerraSCNotícias

    Lages, SC – O Fórum Estadual de Governanças, promovido pelo Sebrae/SC em parceria com a Secretaria de Turismo de Santa Catarina, reuniu na última semana lideranças das Instâncias de Governança Regional (IGRs). O encontro ocorreu em Lages, na Serra Catarinense, junto ao Centroserra, e simultaneamente em outras 15 regiões do Estado.

    União regional pelo turismo

    O objetivo principal foi destacar a importância da união entre municípios para fortalecer o turismo regional. A programação contou com palestra da especialista Luciana Thomé, apresentações institucionais e atividades de planejamento estratégico, todas voltadas ao alinhamento de prioridades e à criação de ações conjuntas.

    Segundo o Sebrae/SC, fóruns como este reforçam o papel do turismo na geração de emprego e renda, ao aproximar empreendedores, lideranças e comunidades, tornando o setor mais sustentável e competitivo.

    Definições estratégicas

    Na Serra Catarinense, o encontro resultou na elaboração de uma proposta estratégica de curto prazo, dividida em três grandes eixos:

    • Fortalecimento da Governança e Gestão Integrada

    • Estruturação de Produtos e Experiências Turísticas

    • Marco Regulatório e Inteligência de Mercado

    Outras propostas também foram discutidas, como a regulamentação do Airbnb e dos guias turísticos, visando mais segurança e confiabilidade para os visitantes.

    Pesquisa e identidade regional

    Outro ponto em pauta foi a realização de uma pesquisa aprofundada sobre o perfil e expectativas dos turistas que visitam a Serra. A ideia é alinhar a oferta turística ao público real e potencial, utilizando dados para orientar decisões estratégicas.

    Também foi reforçada a necessidade de promover a identidade turística da região de forma sustentável, valorizando seus diferenciais e ampliando a competitividade do destino.

    Voz da região

    Para o vice-presidente do Conserra, Henrique Folster Martins, a articulação entre governança, produtos turísticos estruturados e regulação baseada em dados é essencial para o desenvolvimento regional.

    “São nessas questões, entre outras, que a entidade está fortemente atuando”, destacou.

  • Safra Garantida SC já opera no Banco do Brasil

    Safra Garantida SC já opera no Banco do Brasil

    FOTO Andréia Oliveira/Sape Divulgação SerraSCNotícias

    Florianópolis, SC – O Programa Safra Garantida SC, lançado pelo Governo do Estado, já está disponível também no Banco do Brasil. A iniciativa deve destinar R$ 84 milhões em subsídios para agricultores familiares nos próximos dois anos. O termo de adesão entre a Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária (Sape) e a instituição financeira foi assinado nesta quarta-feira (17).

    Expansão da rede de adesão

    Com a novidade, os produtores podem aderir ao programa diretamente nas agências do Banco do Brasil. Além disso, seguem habilitadas cooperativas como Sicoob Central SC/RS, Central Sicredi Sul/Sudeste, Central Cresol Baser, Cresol Central Brasil, Central Cresol Sicoper, Sulcredi Crediluz e CrediSeara.

    Os primeiros pagamentos começaram em julho. Até agora, 374 contratos já foram contemplados, em 66 municípios, somando R$ 535,4 mil. A expectativa do governo é ampliar significativamente esses números nos próximos meses.

    “Queremos garantir que o pequeno agricultor plante com tranquilidade, sabendo que, se perder por conta do clima, terá o apoio do Estado. É uma resposta direta a quem trabalha pelo desenvolvimento rural em Santa Catarina”, afirmou o secretário da Agricultura, Carlos Chiodini.

    Iniciativa inédita no Estado

    O Safra Garantida SC subsidia até R$ 1.500,00 por produtor para custear a taxa do seguro Proagro Mais, programa federal que cobre perdas causadas por eventos climáticos. A ação é inédita no Estado e busca dar mais segurança financeira ao agricultor familiar.

    Podem participar produtores enquadrados no Pronaf, com renda bruta anual de até R$ 150 mil, que cultivem alimentos e contratem operações de custeio agrícola em bancos ou cooperativas.

    A meta é beneficiar mais de 56 mil agricultores, cobrir 282 mil hectares e proteger uma safra estimada em R$ 3,4 bilhões.

    Como funciona o benefício

    Na prática, um agricultor com 5 hectares de milho, cujo custo médio de seguro seja de R$ 300 por hectare, teria uma despesa de R$ 1.500. Esse valor será totalmente custeado pelo programa, garantindo cobertura sem custo adicional ao produtor.

    Como aderir

    Os interessados podem buscar orientação nos escritórios da Epagri. A adesão deve ser feita diretamente no Banco do Brasil ou nas cooperativas de crédito credenciadas.