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Pecuaristas, cooperativas e representantes de instituições ligadas ao agronegócio participaram, na manhã desta quinta-feira (9), de uma reunião na sede do Sindicato Rural de Lages para discutir estratégias de valorização da carne produzida a pasto na Serra Catarinense.
O encontro, motivado por demanda dos produtores locais, teve como foco o desenvolvimento de uma Indicação Geográfica (IG) ou a criação de um selo coletivo de qualidade, com o objetivo de fortalecer a marca regional e ampliar o reconhecimento da carne serrana no mercado estadual e nacional.

Carne serrana pode ganhar selo de origem e qualidade
De acordo com o assessor de gabinete da Secretaria de Estado da Agricultura e Pecuária, e especialista em Indicação Geográfica, Paulo Roberto Arruda, a iniciativa conta com o apoio do Governo do Estado e do Sebrae/SC, que já atuam em projetos voltados à qualidade alimentar e ao marketing de produtos regionais.
Durante a reunião, foram apresentadas experiências de sucesso em Santa Catarina com produtos de origem reconhecida, como o Queijo Serrano, a Maçã Fuji de São Joaquim, o Mel de Melato da Bracatinga e os Vinhos de Altitude.
“O foco é trabalhar o diferencial da carne originária do campo nativo da Serra Catarinense, com parcerias que estabeleçam um caminho conjunto para o futuro da carne serrana”, destacou Paulo Arruda.
Produção sustentável e valorização das raças locais
O encontro também contou com a presença de cooperativas e associações de produtores que trabalham com carnes provenientes de pastagens naturais e raças autóctones, como o crioulo lageano, além de raças britânicas europeias.
Estudos anteriores, conduzidos pelo Sebrae em parceria com empresas do setor, já haviam apontado alto potencial de mercado para a carne serrana. Agora, o desafio é transformar esse potencial em projetos concretos de certificação e valorização comercial.
Segundo Altenir Agostini, representante do Sebrae/SC, a valorização dos produtos regionais é uma estratégia essencial para o desenvolvimento econômico da Serra.
“Queremos ampliar nossa atuação para o gado a pasto, envolvendo produtores, técnicos e parceiros no processo de reconhecimento e divulgação da carne serrana”, explicou Agostini.
União para fortalecer a cadeia produtiva
O presidente do Sindicato Rural de Lages, Márcio Pamplona, ressaltou que este é o primeiro passo de uma construção coletiva em prol da carne produzida na região.
“Nosso objetivo é fortalecer a cadeia produtiva e levar o nome da carne serrana além das fronteiras da Serra Catarinense, mostrando sua qualidade e origem sustentável”, afirmou Pamplona.
A próxima etapa será a realização de um diagnóstico técnico aprofundado, com participação da EPAGRI, CIDASC, universidades e Secretaria da Agricultura, para subsidiar o futuro pedido de Indicação Geográfica e a criação de um selo de procedência e qualidade.

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